Wednesday, February 02, 2005

«A ausência é a causa de todos os males»*


Como o tempo e o espaço dos partidos parece irrecuperavelmente perdido para a inanidade, há quem se sobressalte, civicamente. O movimento (perverso, ou não), vale pelo que tem de iniciativa e de proclamado contributo «para que sejam encontradas soluções para o futuro de Portugal que não estejam condicionadas por preocupações eleitoralistas».
Justifica-se, porque « O discurso directo do Estado não chega à população, chegando a ela apenas por via de interpretação ou da mediação. Ora o Estado é uma criação da comunidade e é nossa responsabilidade assumir a defesa do seu bom nome. São necessárias, em Portugal, lideranças mobilizadoras, capazes de operar as mudanças inadiáveis, o que requer um discurso e uma prática que não se subordinem àquilo que, em cada momento, é considerado como politicamente correcto.»
O documento é recatado no diagnóstico e frugal no receituário. Talvez por os seus autores terem já encontrado o lider mobilizador, a quem reservarão a novidade das ideias e o brilho das palavras.
*La Fontaine

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