O procedimento recente do governo (leia-se: PS) na questão dos piercings é exemplar de toda a sua acção (leia-se: acção do PS). Embalado pela sua sede controladora (e, sabe-se lá, por que obscura outra razão), decidiu o governo (leia-se: PS), e anunciou-o com a habitual estridência, a proibição a menores (leia-se: também a menores) da aplicação de piercings, tatuagens e outros adornos corporais, que representam traumatismo físico inicial, risco para a saúde e deixam marcas permanentes, ou dificilmente reversíveis. Instaurada a resistência dos utentes e dos fornecedores de serviços, bem acompanhados pelo coro dos que já não conseguem calar-se perante os sucessivos ataques deste governo às mais triviais liberdades individuais, vem agora o governo (leia-se: JS) "flexibilizar" a pomposa decisão, deixando ao critério das famílias a palavra final sobre os adereços radicais dos seus rebentos.
Ora, se era para "flexibilizar", para quê ter entrado a matar nesta questão? Exigia-se a autorização parental para os actos dos menores, regulava-se a actividade dos profissionais, fiscalizava-se a mesma, tudo bem servido por uma boa campanha sobre os riscos para a saúde, educação sanitária e aconselhamento, e pronto. Será que o ruído era necessário para abafar algum favorecimento a fornecedores de tais serviços, ou é apenas Sócrates que se anda a fazer ao cognome de O Flexível?
Nota: corrigido, a rogo de algumas boas almas. Fica melhor assim?
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