Thursday, December 06, 2007

Dupond e Dupont

Gostei de ver Ângelo Correia no frente-a-frente com Luís Fazenda. E gostei, porque o representante do BE, engolidos os escrúpulos e a vergonha às colheradas empurradas por Sá Fernandes, deu a mão, o pé, e sabe-se lá mais o quê, a António Costa, para tentar justificar a negociata dos 500 milhões. Mas gostei, sobretudo, por constatar que o veterano político do PSD consegue ser tão contorcionista, palavroso e vazio como o governo Sócrates. Acenda-se, pois, a réstia de esperança que os bonzos do PS clamam faltar à lusa gente, agastados que estão com o rumo que o nosso Primeiro engenheiro (?) anda a dar a esta desgraçada nação, mas sem coragem para dizer que esperança é o melhor eufemismo que conseguem arranjar, quando pensam no que nos falta. E como a prestação televisiva do ajudante de Menezes deixou claro, não foi apenas para tratar dos negócios que se afastou da política, pois ficou evidente que só quando esta atingiu o ponto certo de trampolinice e opacidade é que o insigne empresário, qual valente rabejador, saiu a ajudar à lide de cernelha do autarca de Gaia. Sócrates que se cuide, que já temos politiqueiros para a troca, e ao povo pode apetecer mudar as moscas, sabendo que o resto fica igualzinho.

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