Monday, December 10, 2007

Cimeira UE/África - e depois do adeus

Não vale a pena repetir o que outros, mais talentosos, já escreveram, melhor do que o faríamos.
Sobre a vergonhosa e acéfala cobertura do evento pelos media, basta ler o Abrupto e o Portugal dos Pequeninos, para nos sentirmos acompanhados no asco pelo show que nos foi servido.
A vergonha que sentimos por esses profissionais de vão de escada, essa não a partilhamos, certamente, com todos aqueles que leram jornais e viram televisão a pensarem nas compras de Natal e nas peripécias da Liga, todos muito muito reconfortados pela imagem de Portugal que Sócrates nos vem vendendo, imagem inventada que verá as luzes da ribalta internacional na campanha de promoção, que arranca na esteira do Tratado de Lisboa.
A náusea que constitui ouvir o recorrente auto-elogio de Sócrates, a propósito de tudo e de nada, transforma-se em vómito, quando, transportado nas asas da sua demencial auto-satisfação, o Primeiro-ministro português lança ao tapete, no rescaldo da Cimeira, um “espírito de Lisboa” a que, só por uma réstia de pudor, não se atreveu a dar o próprio nome.
Mais do que os discutíveis resultados da Cimeira, cujo sucesso se decidirá, em grande medida, pelas decisões de Pequim, os portugueses deveriam reter a forte mensagem que o auto-contentamento exacerbado de Sócrates revela: se de génio tem pouco, já de louco…

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