«Por meio da morte ou da doença, da pobreza ou da voz do dever, cada um de nós é forçado a aprender que o mundo não foi feito para nós e que, não importa quão belas as coisas que almejamos, o destino pode, não obstante, proibi-las.» Bertrand Russell
Wednesday, June 28, 2006
Sunday, June 25, 2006
Friday, June 23, 2006
Muito bem!
Thursday, June 22, 2006
Vítor Constâncio caiu do pedestal
Quem o diz é Sérgio Figueiredo, num imperdível artigo de opinião no JN, sobre aquele a quem chama «o fiador de Sócrates»:
«Constâncio decidiu patrocionar mais uma comissão «independente» para corrigir as contas públicas herdadas por um novo Governo. O resultado foi desastroso. Se a intenção era avalizar as tais «medidas difíceis», a consequência foi a que toda a gente viu: a política orçamental do primeiro ano de Sócrates foi um desastre completo.
A coberto de um défice virtual, a Comissão Constâncio deu a cobertura técnica para um desastre político: Sócrates viu ali o fiador de um ano fiscal que agravou o défice estrutural, em vez de o melhorar; que deu um sentido expansionista aos gastos, na vez de os cortar.
Mas, sobretudo, permitiu que o Governo apresentasse o maior desequilíbrio financeiro dos últimos anos, 6 por cento do PIB, quase a cantar vitória. Estava, assim, absolutamente desperdiçado o primeiro ano de consolidação das finanças públicas. Com maioria absoluta no Parlamento e a oposição manietada. Sócrates não tinha desculpas. Constâncio deu-lhe o pretexto.»
Elucidativo artigo, sobre uma das mais cinzentas personalidades do regime.
Wednesday, June 21, 2006
Conversas de professores (I) *
Tuesday, June 20, 2006
Não havia necessidade...*
A não perder
Saturday, June 17, 2006
Friday, June 16, 2006
O crime compensa
Depois de lermos isto, sentimos vergonha da justiça que temos.
«deixai povos e nações seguirem os seus escuros caminhos, na verdade, nos quais não brilha uma única esperança»*
Tuesday, June 13, 2006
Monday, June 12, 2006
Recado a Maria de Lurdes Rodrigues*
Pesadões, estafados e cegamente individualistas...
... estiveram os nossos rapazes no primeiro jogo da selecção de Portugal. Se sofremos assim para tão magra vitória sobre Angola, talvez se justifique começar a fazer as malas. Scolari pode acreditar em milagres, mas esqueceu-se de uma característica tuga - somos tão invejosos que fazemos tudo para destruir os que têm sucesso, nem que, para isso, tenhamos que ir para o abismo com eles.
Avaliação exemplar
Friday, June 09, 2006
Thursday, June 08, 2006
TPC
Efectivamente, o fim do TPC agrada aos pais, que se livram de uma incómoda tarefa a realizar com os filhos, tantas vezes motivo de zangas, crises e castigos, que lhes deixam a descoberto a falta de autoridade, lhes minam o desejável repouso no final de um dia de trabalho e lhes estragam a harmonia familiar, conseguida com um televisor bem colocado no quarto dos infantes. Estes, por sua vez, rejubilam, porque, apesar de terem que realizar as tarefas na escola, podem reivindicar, com maior “autoridade”, o direito à inércia ou à actividade lúdica, sem que os pais tenham argumentos “legítimos” para contrapor. Quanto à opinião pública, aceita, com aliviada tranquilidade, os argumentos avançados pela generosa governante – dar igualdade de oportunidades no reforço de aprendizagens que os TPC podem configurar, assegurar a todos um apoio especializado para a realização dos mesmos, deixar às famílias mais tempo para o convívio, a conversa e a brincadeira…
Compreendo, pois, como, em termos de belo efeito, a decisão é favorável ao governo, que, mais uma vez, faz de conta que faz o que importa fazer, quando mais não faz do que “nivelar por baixo”, ou, dito de outra forma, aplica de forma generalizada soluções de muito duvidosa bondade, que deveriam ser apenas aplicáveis a casos especiais e marginais. Efectivamente, como há famílias que não têm tempo, apetência, ou meios para acompanharem as suas crianças na realização de trabalhos de casa, opta-se pelo mais fácil – retira-se a todas as famílias essa tarefa, em vez de se motivar a maioria dos pais para realizarem com os filhos pequenos trabalhos escolares, que ajudam a demonstrar aos jovens como se valoriza, na família, o esforço por aprender, e como esses momentos de responsabilidade individual do aluno podem ser partilhados pela família, com gosto, sentido da responsabilidade e da autoridade. Facilitismo e desresponsabilização, é o que esta solução milagrosa tem na sua génese. Para alguns, pode parecer exagero dizer-se que o fim do TPC irá afastar cada vez mais as famílias do centro da responsabilidade com a vida escolar das suas crianças, e contribuirá para tornar a célula familiar cada vez menos empenhada na formação intelectual e cultural dos seus membros mais jovens, mas daqui por uns anos será possível ver onde nos levou esta sedutora cedência à negligência com que algumas famílias vêm tratando os seus filhos. Pode dizer-se que a decisão agora tomada não impede as famílias que assim o queiram de continuar a trabalhar conteúdos escolares com os seus jovens, mas sabemos como esse discurso é uma falácia.
Curiosamente, é esta mesma governante que quer pôr os pais a avaliarem os professores dos filhos. Com o crescente afastamento da escola e da vida escolar, que uma medida como esta ajuda a promover, presume-se que essa avaliação se fundamente, cada vez mais, na cor dos olhos, no modelo de vestuário, no sorriso, no perfume... sei lá!