José Sócrates tem vindo a dizer, e reafirmou-o no seu discurso de encerramento do Congresso do PS, que o seu governo vai dar prioridade à formação e qualificação das pessoas, o que, segundo as suas palavras, é a melhor aposta para tirar Portugal do atraso de desenvolvimento em que se encontra. Este discurso flui com as marcas da determinação de Sócrates, resulta bem nos media, entusiasma o público, mas, quando se apagam as luzes da ribalta, fica-se por aí, em termos de resultados práticos.
A desmentir este discurso de intenções, feito para o soundbyte, vamos sabendo: que os alunos do 1º ciclo estão em risco de não terem os tão propagandeados prolongamentos de horário, porque não há verbas orçamentadas para tal; que a educação especial definha à míngua de recursos alocados à mesma; que o programa de apoio à matemática sofre de anorexia financeira; que metade das universidades e vários politécnicos não têm dinheiro para pagar a professores, e muito menos para contratar professores para preencher os quadros, apesar de estes estarem a 64% de ocupação.
Está difícil descortinar a prioridade...
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