No DN dá-se hoje honras de 1ª página à situação criada por mais uma das argoladas da equipa da educação - os pais estão a ser chamados a pagarem os prolongamentos de horário nas escolas do 1º ciclo, porque os montantes orçamentados pelo ME foram trabalhados em cima do joelho, isto é, acabaram revelando-se curtos. Note-se que, apesar de tudo, há uma enorme benevolência da minha parte, ao atribuir esta falha a um erro técnico, porque, se esta foi intencional, então, para além da incompetência, estará algo muito pior em causa.
Aceitando que se trata de um erro, mais um dos muitos desta ministra, pergunta-se: o que lucraram os clientes do sistema com a imposição deste prolongamento de horário, imposto a ferros por uma ministra autista, surda a todo o aconselhamento, que lhe parecesse minimamente contrário à sua sanha em castigar professores? Para que se desmantelaram estruturas, que respondiam, com eficácia, às necessidades das famílias? Quem prestará, agora, contas do insucesso de mais este golpe de mau génio da ministra?
Há muito tempo que os professores, e muitas direcções de escolas, alertam para que, entre o que a propaganda do governo nos quer fazer acreditar que está a ser levado a cabo como acções de melhoria na educação, e a realidade, vai um passo de gigante, mas só a evidência dos erros poderá desmontar, de vez, a enorme mistificação de que o sector está a ser vítima. Demorou, ainda vai levar mais tempo, mas a verdade não poderá deixar de vir ao de cima. Será, contudo, demasiado tarde. Já hoje é, aliás. Talvez por saber isso, Sócrates não se importe de manter tudo como está.
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