Pedro Santana Lopes fez-se eleger líder parlamentar, com o beneplácito de Menezes, que não tinha, convenhamos, muitas alternativas. Esfregam as mãos de contentes os antagonistas de ambos, porque pensam que os dois coelhos se matam entre si, pouco importando se com uma cajadada, se com uma saraivada delas, que as circunstâncias parecem correr a favor do extermínio breve de um deles, ou de ambos. Talvez se enganem os que esperam livrar-se, de vez, destas duas personagens, que parecem querer tornar-se a prova viva do ditado popular, que augura perenidade às ervas ruins. O certo é que ambos já “morreram” politicamente, e ei-los agora, fresquinhos e saltitantes, de novo na ribalta. Aceitemos que os debates na Assembleia se vão animar, embora a vantagem dessa animação para o desgaste do Governo não seja fácil de vislumbrar. Por outro lado, há aqueles que vaticinam que as “comadres” se zangam em menos tempo do que aquele que o Professor Marcelo gastou a prever a derrota de Menezes, mas pode ser que se enganem tanto, quanto o professor sobre o resultado das directas. O certo é que Menezes, aparentemente incauto, dá a PSL o palco de que este precisava para retomar o “seu” PPD/PSD, um retorno de Santana à primeira linha, que poucos julgariam possível, até há bem pouco tempo. Dizem os domadores de feras que a melhor maneira de lidar com estas é segurá-las pela cauda, domadas a pulso. Será? Menezes é suficientemente suicidário para acreditar nisto, e pô-lo em prática. Mas será que poderia ele lidar com o “problema Pedro” de uma outra forma? Barroso foi forçado a “engolir” PSL numa “parceria estratégica” não muito diferente da actual entre Menezes e Santana, Mendes não o fez e viu-se no que deu deixar o Pedro a andar por aí.
Estará o PSD refém do sortilégio de um santanista PPD, o que quer que isso seja?
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