
Só que agora, vistas bem as coisas, e já são tantas, percebo finalmente que não é sorte, é azar mesmo, o que persegue o nosso impoluto primeiro-ministro. Ele foi o caso da licenciatura, e poucos se podem gabar de possuir uma que tresande tanto; ele foram as casas manhosas que lhe sairam da ponta do lápis, ao que parece em consequência de embrulhada profissional mal explicada; ele é o Freeport, que só não anda porque, sabe-se lá se por influência de alguma fada bondosa, desanda tudo em que o azar mergulha o arrogante primeiro-ministro; ele são as luxuosas casas, dele e da senhora sua mãe, bons negócios, que de tão bons só mesmo um azarado se mete neles, e se sai bem; ele são uns primos, mais uns familiares que, talvez por falta de imaginação, lhe fazem a cama, pedindo benesses em nome de tão azarado parente; ele são os amigos do peito, que se deixam enlear em azaradas negociatas sucateiras, salpicando o amigo e confidente com a "ferrugem" dos milhares de euros distribuídos à conta de "óleo" para os travões das burocracias. Tantos casos, bem bicudos, e, só pode ser azar, vão todos dar à infeliz vítima destas sucessivas campanhas negras!
Vá lá, numa coisa Sócrates tem tido sorte: por mais que as esconsas vielas destas maldosas cabalas levem a ele, e qual herói dos comics tradicionais, delas sai sempre ileso e impoluto. Caramba, um homem também tem que ter uma estrelinha de sorte, no meio de tanto azar!
1 comment:
Delicioso. :)
LF
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