Tuesday, November 10, 2009

À atenção da Ministra da Educação - Gripe A nas escolas, Magalhães e Cª

Ao que parece, e tem sido notícia, a gripe A tem obrigado algumas escolas a mandar turmas inteiras para casa, com o objectivo de minimizar o contágio. Nada contra esta medida, antes pelo contrário, já que prevenir riscos maiores é uma decisão inteligente, que não pode ser considerada como pânico desnecessário. A situação, no entanto, tem-me deixado algumas interrogações sobre a utilização dos excepcionais meios de que a maioria das escolas e grande número de alunos dispõe para informação/formação à distância. De facto, quem conhece minimamente as escolas sabe que, na generalidade, estão muito bem apetrechadas de salas de informática, têm centros de recursos bem equipados e contam com uma percentagem de computadores por aluno de fazer inveja a países bem mais ricos. Por outro lado, e a fazer fé na propaganda dos governos Sócrates, desde que foi descoberto o filão Magalhães, mais o e-escolas e cª, que mesmo os alunos mais carenciados se encontram munidos dos meios tecnológicos considerados necessários a uma melhor escolarização. Acontece que mesmo profissionais do meio não são capazes de me enunciar como tem sido a utilização de todo este aparato tecnológico em favor dos alunos retirados das escolas, com excepção de vagas referências a mails e troca de correspondência "administrativa". Não andarei a falar com as pessoas certas, mas ainda não tive notícia de escolas que tenham aproveitado as férias para preparar aulas online sobre conteúdos programáticos das diferentes disciplinas, que agora poderiam estar disponibilizadas às turmas e alunos que não podem estar nas aulas presenciais. Acredito que seja só uma lacuna de informação, e que estejam de facto no terreno experiências interessantes e da maior utilidade para os alunos, pelo que seria de exigir ao governo que fizesse tanta propaganda sobre estas boas práticas, como sobre a "benemérita" distribuição dos computadores. Afinal, de uma ministra da educação espera-se mais do que limitar-se a gerir a discussão da carreira e da avaliação de professores. Sobre isto, os sindicatos dizem nada, parecendo que até têm medo de que essas experiências de ensino à distância possam trazer a debate uma nova abordagem sobre a prática educativa.

1 comment:

Anonymous said...

Tanto quanto me é dado saber, os professores não têm tempo para preparar aulas apesar de passarem dias inteiros na escola...É este o estado a que se chegou.
LF