A atenta Lucinda Fialho escreveu, em comentário: «Tanto quanto me é dado saber, os professores não têm tempo para preparar aulas apesar de passarem dias inteiros na escola...É este o estado a que se chegou.» Porque poucos seriam capazes de dizer isto, desta forma simples e eficaz, aqui fica o oportuno e corajoso comentário.
Prezada Lucinda, não sei se por sorte, ou azar, pertenço ao reduzido grupo dos que sabem que os professores estão, efectivamente, assoberbados com trabalho. A minha questão não deriva de qualquer dúvida quanto ao muito trabalho que foi posto em cima dos ombros dos professores, mas antes da real utilidade do mesmo. Tal como hoje vejo «o estado a que se chegou» nas nossas escolas da era Sócrates, mais me convenço que enquanto não quisermos separar a função de "armazenagem" de alunos, que está, crescentemente, a ser atribuída às escolas, da função que a estas está, efectivamente, cometida, não conseguiremos pensar práticas educativas alternativas, com novas estratégias de aprendizagem mais adequadas às necessidades das populações escolares e aos meios à disposição do sistema de ensino. E interrogo-me: até quando vamos enterrar a cabeça na areia para esta questão? a quem convém esta omissão? porque está ausente deste debate a opinião pública, sempre tão sedenta de fazer sangue no que à inércia dos professores diz respeito? Vale a pena pensar no assunto, não lhe parece?
2 comments:
Claro que vale, Crack, claro que vale. É esse aliás esse o cerne da questão: a qualidade do ensino, ou melhor, a falta dela.
Obrigada pelas suas amáveis e generosas palavras.
Abraço.
LF
Claro que vale, Crack, claro que vale. É esse aliás o cerne da questão: a qualidade do ensino, ou melhor, a falta dela.
Obrigada pelas suas amáveis e generosas palavras.
Abraço.
LF
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