Wednesday, March 29, 2006

Professora hospitalizada após agressão de aluno

Desta vez, aconteceu no Porto, numa escola básica, dentro da sala de aula, com um aluno do 5º ano de escolaridade.
Mais um caso de violência sobre uma docente, que vence a barreira de silêncio das paredes da escola e que sai para a comunicação social.
Curiosa é a atitude dos sindicatos do sector, perante estas notícias. E daí, talvez não!
ADENDA:
O Público, na sequência deste caso, refere um relatório do Departamento de Segurança do Ministério da Educação, segundo o qual se registaram, no último ano lectivo (2004-2005), mais de 1200 agressões dentro das escolas. A propósito, o Presidente da Associação Nacional de Professores considera que "Estes números mostram que a violência nas escolas não é tão residual como o Ministério da Educação afirma", e que a sucessão de casos "começa a dar nota de que há um problema que é necessário antecipar em termos de medidas preventivas". Para já, vai debater-se, em Segóvia, a questão da violência nas escolas, no IV Encontro Luso-Espanhol, uma organização conjunta da ANPE (Associação Nacional de Professores de Espanha) e da Associação Nacional de Professores.

4 comments:

Anonymous said...

Se fosse ao contrário "caía o Carmo e a Trindade". Como foi uma "criança" a bater no professor é normal...

crack said...

Caro Sá Morais
Como sabe, esta é, apenas, a ponta do iceberg. Se a violência física dos alunos sobre os professores ainda consegue chocar muita gente, passa com maior complacência a agressão verbal, os insultos constantes, os desafios que caracterizam o relacionamento professor-aluno no qauotidiano das nossas salas de aula e estas situações podem ser tão degradantes quanto as bofetadas, os apalpões, os encontrões, os escarros e as facadas com que são atingidos tantos docentes, durante o exercício da sua actividade profissional. Somem-se as ameaças e ataques, verbais e físicos, de pais e percebemos que o dia-a-dia de muitos professores é um calvário de horrores. Há que ter a coragem de pôr tudo isto preto no branco.

Anonymous said...

Acredite que sei e que lhe dou razão... Mas o verdadeiro problema são os pais desses miudos... Agora acham que se podem descartar da educação dos filhos e isso dá no que dá...

crack said...

Caro Sá Morais
A família, ou o que resta dela (quando existe um simulacro que seja), deixou de se assumir como o espaço primeiro e privilegiado de educação das crianças e jovens. Curiosamente, não me parece que tenha deixado esse papel à escola, da qual apenas espera que faça a guarda e providencie o ensino dos saberes necessários ao sucesso imediato no mundo de hoje. Valores, princípios, projectos pessoais de vida? São preocupações que não encontramos na grande maioria dos pais dos nossos alunos, mesmo quando constam do discurso "oficial" das organizações que os representam.