O lado para que a Dra. Fernanda Câncio dorme melhor serão as críticas que por aqui se têm feito à sua inquebrantável defesa da actuação do governo, nomeadamente em questões como o aumento da criminalidade em Portugal. Apesar de a sua mais recente prosa sobre este tema insistir no papel deformante que a imprensa tem nas percepções de insegurança dos cidadãos (e tem-na, de facto), a Dra. Fernanda Câncio termina a sua crónica no DN com esta conclusão, que me parece notável (porque inesperada, nela):
Continua a não interessar nada à autora, mas eu não poderia estar mais de acordo, pelo que não só subscrevo, como aplaudo (de pé) e, para mim, depois de ver isto escrito e publicado nunca mais poderei pôr em causa a sua isenção nesta matéria. Mesmo sabendo eu que a Dra. Fernanda Câncio sabe que eu sei que ela sabe que eu sei que a informação "oficial" disponibilizada pelos governos, e por este governo em particular, é sempre muito "trabalhada" em função da imagem que se quer passar e dos objectivos que se pretendem atingir. Mas isso são outras guerras, que não empalidecem o mérito deste texto da Dra. Fernanda Câncio.
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