Para o Provedor de Justiça o despacho de Valter Lemos, que abriu a excepção que autorizou a repetição dos exames nacionais de Física e de Química do 12º ano, é "manifestamente ilegal, qualquer que seja a fundamentação invocada".
O jornal Público transcreve a posição de Nascimento Rodrigues, na qual se lê: «a postura a assumir pelas entidades públicas a quem cabe, nas suas várias vertentes, a condução deste processo tem que se basear, essencialmente, num critério basilar de protecção da confiança» e que «esse critério não é respeitado com este Despacho, na medida em que, com a modificação de regras anteriormente estabelecidas após o início da realização das provas, é seguro que a solução final alcançada será certamente diversa da solução hipoteticamente verificável na ausência de tal alteração. Isso traduz-se na modificação de posições relativas o que, no limite, poderá significar que determinado aluno obtenha a colocação que antes caberia a outrem».
Esta é a "rigorosa" e "credível" equipa governamental que temos na 5 de Outubro. São secretários de estado e uma ministra como esta, que são os autores e responsáveis por actos de "elevada isenção e competência" como o que merece tal apreciação, que têm vindo a insultar os profissionais da educação e a questionar a sua competência e zelo. É com uma equipa como esta que se assegura ao povo português estar a trabalhar para melhorar a educação em Portugal! Se não fosse trágico, serviria como anedota de Verão.
Uma pequena nota, a propósito: em matéria de educação, o PSD continua mudo e quedo, ou então intervém para fazer humor, como no caso em que veio propor que as provas de aferição tenham consequências na avaliação dos alunos, ou estes não se empenharão na sua realização; será que Marques Mendes não encontra ninguém no partido com competência nesta matéria?
1 comment:
As consequências só existem para a arraia miúda, ou seja, para a classe docente...
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